O prejuízo líquido da operadora de turismo CVC (CVCB3) foi de R$ 81,5 milhões no primeiro trimestre de 2021, de acordo com resultado corporativo divulgado na sexta-feira, 14. O valor representa uma queda de 92,9% em relação ao prejuízo observado no mesmo período do ano passado, que foi de R$ 1,15 bilhão.
De acordo com a CVC, o prejuízo obtido nos três primeiros meses deste ano é consequência do impacto causado pela pandemia do coronavírus, especialmente no Brasil. “No primeiro trimestre do ano de 2021 fizemos bons progressos na preparação da CVC para liderar a retomada dos negócios, com uma boa evolução financeira, embora os volumes de novas vendas e embarques tenham sido abaixo das expectativas em função das restrições impostas devido ao aumento de casos, nesta nova onda da pandemia covid-19”, informou, na mensagem da administração que acompanha o balanço.
Com isso, a receita líquida apresentou um recuo de 42,7% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, somando R$ 165,93 milhões neste ano. As despesas financeiras também diminuíram, cerca de 55,1% no mesmo período, para R$ 25,1 milhões.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou no negativo entre janeiro e março, mas com sinais de recuperação. No primeiro trimestre do ano passado, o indicador fechou em R$ 298,7 milhões negativos, já neste ano, melhorou 89,6% para R$ 31,1 milhões negativos.
As reservas confirmadas da CVC no período de janeiro a março foram de R$ 1,33 bilhão, uma queda de 58,7% na comparação anual. Já as reservas totais atingiram o valor de R$ 1,38 bilhão, 65,4% a menos que o mesmo período de 2020.
Mesmo assim, a dívida líquida da empresa não aumentou neste começo de ano. Ao final de março, “a dívida bruta da CVC Corp encerrou o período com R$ 1,3 bilhões. Esse valor apresenta redução na comparação com 4T20, seguindo os pagamentos realizados de acordo com as condições da renegociação de dívidas, encerrada em novembro de 2020.”
Outras informações do relatório
Em janeiro, a CVC realizou a quinta emissão de debêntures no valor de R$ 436,4 milhões e vencimento em 10 de junho de 2023. Os recursos captados serão integralmente usados para o pagamento antecipado do passivo financeiro junto ao Citibank.
De acordo com a empresa, o processo de capitalização, lançado em 9 de julho de 2020, encerrou com a conclusão da segunda etapa, num montante total integralizado ao capital de R$ 665,6 milhões.
“A primeira fase desse processo foi encerrada em setembro de 2020 e totalizou R$ 301,7 milhões, com a integralização de 100% do total proposto. A segunda etapa, concluída e comunicada ao mercado em 3 de fevereiro de 2021, resultou em um aumento adicional de capital de R$ 363,9 milhões”, segundo balanço financeiro.
Informações: Trademap