Um representante do Governo do Estado do RS esteve nesta quinta-feira (04) em Montenegro conversando com os índios kaingangues que moram em uma área do Estado, próximo ao Parque Centenário.
Moradores vizinhos pedem a saída deles, pelo que chamaram de “choque de culturas”, entre os costumes dos índios e dos vizinhos. O diretor de Direitos Humanos da Secretaria Estadual de Justiça, Cidadania e Recursos Humanos, Otávio Pedeli, foi recebido pelo cacique Eliseu Claudino.
De acordo com o líder, 74 índios, sendo mais de 40 crianças, vivem em 11 casas na área de quatro hectares. Os menores seguem fora da escola, mas, segundo Eliseu, educadores seriam disponibilizados pela Secretaria Estadual de Educação para o ensino de acordo com os costumes indígenas, o que ficou adiado em razão da pandemia.
Outro problema social é a falta de empregos. “Nossos homens querem trabalhar, mas existe muito preconceito”, relata o cacique. Otávio perguntou qual a posição dos índios quanto a realocá-los em uma nova área, no bairro Zootecnia.
O cacique explicou que a oferta pode ser aceita, mediante alguns detalhes como a preocupação com a reconstrução das casas onde vivem hoje, feitas de madeira. Inicialmente, os índios haviam dito que aguardariam uma posição do Estado até 27 de fevereiro, mas Otávio explicou que o prazo precisa ser maior em função da demora nos processos burocráticos.
Agora, o diretor vai se reunir com outros setores do Estado para definir qual exatamente será a área ofertada para os índios e avançar no diálogo com o cacique para encontrar uma solução definitiva que agrade a todas as partes envolvidas.
Informações e foto: Acom