Existem vários fatores considerados para definir a realização do teste – período do 1º ao 5º dia, dois sintomas, ter convivido com alguém positivo. A Secretaria Municipal da Saúde realiza, em média, 40 testes de diagnóstico da Covid-19 todos os dias.
As avaliações são feitas por orientação médica nas pessoas que procuram a “tenda”. Contudo, nem todos são submetidos à testagem. A equipe de triagem e o plantonista avaliam o quadro do paciente para decidir, considerando, entre outros fatores, a presença de pelo menos dois sintomas da doença e o convívio com pessoas já “positivadas”.
O teste em uso agora, fornecido pelo governo do Estado, só é eficaz se aplicado entre o segundo e o quinto dias após o surgimento de sinais como febre, tosse, dor de garganta, cefaleia, perda de olfato e paladar, coriza, dores no corpo e dificuldades respiratórias.
De acordo com a secretária municipal da Saúde, Cristina Reinheimer, o teste é uma importante ferramenta de diagnóstico, mas não é a única. Se os sintomas são suficientes para confirmar a doença, não há porque aplicá-lo.
Da mesma forma, se os profissionais concluírem que se trata de outro problema de saúde. “Até porque o resultado pode levar de oito a nove dias para chegar. Até lá, muitos já estão curados”, observa.
O material é encaminhado para o Laboratório Central do Estado (Lacen), que determina onde ocorrerá a análise. Quando enviado para outros estados, a demora pode ser maior.
Cristina ressalta que é preciso confiar nos médicos e seguir as orientações difundidas na tenda. “Não precisa de teste para adotar um comportamento preventivo, como o isolamento, o uso da máscara e do álcool em gel”, pondera.
“Estas são atitudes que todos devem adotar, mais ainda os que tiverem algum sintoma”, conclui. A Administração Municipal tem recebido algumas denúncias, nos últimos dias, sobre pressões contra médicos e servidores para receitarem os testes mesmo quando não é necessário.
Os casos estão sendo apurados, mas há a suspeita de que o objetivo é obter atestados médicos para se afastar do trabalho e de outras tarefas. É que empresas e órgãos públicos liberam funcionários até que saiam os resultados para impedir a ocorrência de surtos.
Desde a confirmação do primeiro paciente, em 8 de abril do ano passado, Montenegro registrou 3.025 diagnósticos positivos e 39 óbitos. Até agora, 1.978 pessoas estão curadas, mas ainda existem 1.008 casos ativos.
Informações: Acom