O ministro do STF Alexandre de Moraes estabeleceu prazo de 15 dias para que a Procuradoria Geral da República se manifeste sobre o relatório final da Polícia Federal que apontou crimes do presidente Jair Bolsonaro (PL) na divulgação de dados sigilosos relativos a uma investigação da própria PF sobre um ataque hacker aos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O procurador-geral, Augusto Aras, também foi instado a se manifestar sobre um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para instaurar persecução penal contra o presidente por “conduta típica, ilícita e culpável”, e sobre uma denúncia-crime apresentada por um advogado que aponta possíveis crimes no descumprimento da ordem de Moraes de prestar depoimento na última sexta-feira sobre o vazamento.
Na data e horário do depoimento, Bolsonaro enviou Bruno Bianco Leal, chefe da Advocacia Geral da União (AGU), que apresentou recurso para que Bolsonaro não fosse ouvido pelas autoridades até que o plenário da Corte se reunisse para julgar a decisão de Moraes, mas o pedido foi negado.
As investigações foram concluídas mesmo sem ouvir Bolsonaro. A delegada responsável pelo inquérito Denisse Dias Rosas apontou ilicitudes nos atos do presidente, mas não pediu seu indiciamento por conta do foro privilegiado.
Informações: Infomoney