No Ar :

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Últimas Notícias:

Invalid or Broken rss link.

Médicos de Bom Princípio reafirmam seu posicionamento de tratar Covid com amparo na Ciência

Depois da indicação da vereadora Letícia Chassot sugerindo o tratamento precoce aos pacientes de Covid, a Secretaria Municipal de Saúde manifestou seu posicionamento a respeito por meio de seus profissionais responsáveis.

“A Secretaria apoia integralmente as decisões terapêuticas adotadas pelos profissionais médicos, que junto com enfermeiras, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas, exercem sua profissão sem tomar posição política. Simplesmente atuam desejando o melhor para seu paciente com o melhor que pode oferecer”, esclarece o médico Rogério Cardozo, coordenador da Atenção Básica de Bom Princípio.

Ele afirma que a Secretaria de Saúde não apoia ou condena qualquer tratamento ou protocolo clínico. “É respeitada a autonomia do médico e do paciente para ambos, em comum acordo, definirem qual o tratamento a ser realizado. Estamos abertos ao diálogo aos que querem contribuir, discutir ou mesmo indicar algo para auxiliar o enfrentamento desta doença. Porém, lembramos que as tomadas de decisões serão sempre respaldadas nos alicerces técnico-científico, ético e de segurança ao cidadão”, reitera.

“Estamos convivendo há um com esta pandemia e independente como este vírus surgiu, ele continua se espalhando e matando cada vez mais pessoas. Como cidadão de Bom Princípio, lamento que muitos sigam descumprindo as medidas apresentadas pelo Estado e pelo Município para reduzir a contaminação. Mas como médico integrante da equipe da Saúde do município, precisamos atuar cumprindo o Código de Ética médico, que nos orienta quanto ao uso de todas as ferramentas diagnósticas e terapêuticas ao nosso alcance, mas proíbe o uso de tratamentos sem comprovação científica. (Art 32)”, afirma Rogério.

Ele ressalta que os médicos sabem que estão lidando com uma doença de múltiplas apresentações clínicas, alta transmissibilidade, e que com suas mutações não existem grupos seguros.

“Todos estamos expostos ao risco de adoecer, e hoje sabemos que até 81% dos contaminados podem permanecer assintomáticos ou com sintomas muito leves, enquanto que 14% desenvolvem sintomas leves a moderados. Mas os 5% que desenvolvem formas severas acabam deixando uma marca de 2,3% de letalidade no nosso Estado”, destaca, acrescentando que todos trabalham justamente para evitar que o paciente chegue a óbito.

“Os indicadores públicos em nossa região apontam números infinitamente melhores no desempenho dos hospitais, quando comparados ao Brasil ou mesmo ao Rio Grande do Sul. Mas não se pode sair distribuindo medicação à revelia”, comenta.

Para ele e toda equipe de médicos que atua em Bom Princípio, neste momento em que todos se encontram vulneráveis física e mentalmente, é preciso unir esforços de todas as esferas possíveis para reforçar aquilo que já está consolidado no conhecimento científico.

“Para entender melhor como ocorre a tomada de decisão pela prescrição ou não de uma medicação, utilizamos a pirâmide de Evidências. Resumidamente, o que está no topo é altamente confiável e o que está em sua base não apresenta confiança”, explica sobre a pirâmide.

O médico ressalta que até agora nenhuma medicação se mostrou eficaz para diminuir o risco de adoecer. “Em todos os estudos, as medicações apresentaram risco de complicações, como hepatites, resistência bacteriana entre outras”, alerta.

Crédito: Claudia ComunicAtiva