A intenção de consumo do brasileiro aumentou 2,6% no mês de junho em relação a maio. Os dados da pesquisa nacional de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) foram divulgados nesta quinta-feira no Rio de Janeiro, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Na análise da CNC, esse aumento, no entanto, não se refletem ainda nas vendas. Os brasileiros estão endividados e enfrentando restrições de crédito. Além disso, os juros altos também limitam o consumo. Esses fatores, conforme a entidade, fazem com que a as vendas do varejo e dos serviços desacelerem.
A intenção de consumo é um indicador antecedente do potencial das vendas do comércio, apurado mensalmente. Os resultados medem o grau de satisfação e insatisfação dos consumidores em uma escala de até 200 pontos. Quando o índice está abaixo de 100 pontos, isso indica percepção de insatisfação. Já quando está acima de 100, sinaliza satisfação.
Em junho, o IFC chegou a 97,3 pontos, o que representou uma variação positiva de 2,6% em relação a maio e, no ano, um aumento de 21,3%.
Ao todo, 18 mil questionários são analisados mensalmente, com informações de consumidores coletadas em todo o Brasil. Os dados são compilados em sete indicadores: três sobre as condições atuais (emprego, renda e nível de consumo); dois sobre expectativas para três meses à frente (perspectiva de consumo e perspectiva profissional); e avaliação do acesso ao crédito e momento atual para aquisição de bens duráveis.
Em junho, pelo terceiro mês consecutivo, todos os indicadores avançaram nas comparações mensal e anual. Quatro dos sete indicadores estão no quadrante positivo, ou seja, acima de 100 pontos: satisfação com emprego e renda atuais e perspectivas profissional e de consumo.
A pesquisa revelou que a perspectiva profissional foi o indicador com a maior alta em junho: 4,9%. O índice alcançou 122,3 pontos, o maior nível desde março de 2015.
Compras
O indicador que mede a intenção de compra de duráveis avançou 6,5% no mês, mas o nível segue abaixo dos 100 pontos, registrando 57,8 pontos. A pesquisa apontou que quatro em cada dez consumidores relataram ter mais dificuldade para obter crédito.
Fonte: O Sul