O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), bateu mais um recorde nesta segunda-feira, 07, atingindo 130.776,27 pontos, em alta de 0,50%.
Com isso, o índice cravou sua oitava valorização seguida e sexta sequência de renovações da máxima histórica. Trata-se da maior sequência de altas desde 2018, quando o índice marcou nove dias positivos seguidos entre 14 e 26 de fevereiro.
Grande parte da euforia deve-se a divulgação de indicadores econômicos positivos na semana passada, principalmente do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que cresceu 1,2% no primeiro trimestre e voltou aos patamares pré-pandêmicos.
Isso fez com que grande parte das projeções para o ano passassem por revisões para cima. A exemplo, o Boletim Focus do Banco Central, que alterou a mediana das projeções para o PIB em 0,40%, saindo de 3,96% para 4,36%.
Outro fator positivo no cenário brasileiro foi a fala do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, ao declarar que pretende agendar as reformas e a privatização da Eletrobras ainda nesta semana, que encerra no dia 11 de junho.
Já nosso vizinho gigante do norte, os Estados Unidos, vê suas bolsas fecharem mistas nos últimos dias, com o presidente Joe Biden tentando avançar com as negociações em torno do pacote de infraestrutura de US$ 1,7 trilhão.
Entretanto, Biden segue tendo dificuldades para chegar a um acordo com a oposição que deseja entregar um valor de US$ 928 bilhões. Nos próximos dias, os investidores deverão ficar atentos com a agenda econômica.
Na quinta deve ser divulgado o índice de preços ao consumidor relativo a maio medido pelo CPI. Economistas ouvidos pela Dow Jones esperam uma alta de 4,7% para o mês, em comparação com um ano antes.
Em abril, o CPI cresceu 4,2% em uma base de comparação anual, o ritmo mais rápido desde 2008. No exterior, saíram os dados do PIB da zona do euro, que apresentou uma queda menor do que foi inicialmente estimado, anunciou nesta terça-feira, 08, a agência europeia de estatísticas Eurostat.
O PIB dos países que adotam o euro como moeda única registrou queda de 0,3% entre janeiro e março, na comparação com o trimestre anterior. A primeira avaliação, publicada em abril, apontava um retrocesso de 0,6%.
Já o número de pessoas empregadas diminuiu 0,3% na zona do euro e 0,2% no conjunto dos 28 países que fazem parte da União Europeia. No 4º trimestre do ano passado, o emprego teve um crescimento de 0,4% nos dois conjuntos, também na comparação com os três meses anteriores.
Na Alemanha, o índice de percepção econômica medido pela ZEW veio abaixo do esperado, ficando em 79,8 pontos ante expectativa de 86 pontos. No país, a produção industrial de abril, divulgada nesta madrugada, também decepcionou, registrando queda de 1% contra a alta esperada de 0,5%
Para hoje
Por aqui, serão publicados alguns índices de inflação, como o IGP-DI e o IPC-S, e as vendas no varejo, às 9h.
Informações: Trademap