Um homem de 39 anos, identificado como Ezequiel Lemos Ramos, matou a ex-mulher Michelli Nicolich, de 37 anos, e o filho mais novo do casal, de 2 anos. O crime ocorreu em frente a uma escolinha na Zona Leste de São Paulo, nesta segunda-feira (12).
Michelli estava no veículo, um Fiat Uno branco, com os dois filhos, de 2 e 5 anos, logo após busca-los na escola infantil O Rei Leão, na Avenida Rodolfo Pirani, no Parque São Rafael. Uma câmera de segurança registrou o momento em que o carro de Michelli sai do controle e bate em um poste.
Em seguida, o ex-marido surge correndo e atira contra a janela do carro. De acordo com uma testemunha, Ezequiel estava em um Fiat Mobi cinza estacionado do outro lado da rua, aguardando a ex-mulher sair da escola.
Quando ela entra no carro com as crianças, o homem atira diversas vezes em direção ao veículo. Por este motivo, o carro sai desgovernado até bater em um poste, conforme aparece na filmagem.
“Ele chegou e atirou mais ainda. Ele tirou a camisa e falou: “Pode ligar pra polícia prender eu (sic) em flagrante’” – disse a testemunha ao G1. A criança de 5 anos não foi atingida. Mas Michelli e o filho caçula, mesmo tendo sido levados com vida a um hospital da região, não resistiram aos ferimentos a bala.
Ezequiel acabou se rendendo, sem a arma, e detido em flagrante por um policial militar de folga. Ele foi encaminhado para o 49º Distrito Policial (DP), onde foi indiciado por duplo homicídio doloso qualificado por feminicídio e emboscada e tentativa de homicídio.
O homem contou à polícia, em depoimento, que a ex-mulher lhe devia a quantia de R$ 70 mil, e por isso ele a tinha procurado. Já a família da vítima diz que Ezequiel ficou irritado quando descobriu que Michelli havia criado perfil em um site de relacionamento.
Ele chegou a ser preso em maio deste ano, após agredir a mulher com um soco e apontar uma arma para a cabeça dela em meio a uma discussão. Na época, os dois eram casados e viviam em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, com os filhos.
“Vou ficar longe de você para não dar um tiro na sua cara, para eu não ser preso. Assim é fácil morrer, não preciso pagar pistoleiro, eu mesmo faço” – teria dito naquele dia. Na época, Michelli pediu medida protetiva e foi embora com os dois filhos para São Paulo, sua terra natal, onde estava vivendo até então.
A Polícia Civil não localizou a arma do crime, mas pediu à Justiça a prisão preventiva do homem, que tinha registro de colecionador de armas, atirador desportivo e caçador (CAC).
Informações: Pleno News