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Grêmio vence Chapecoense de virada, mas segue na 19ª posição da tabela e terá confronto direto contra o São Paulo

A noite fria e chuvosa da última segunda-feira, na Arena, exibiu um Grêmio que priorizou o resultado — como aliás tem sido —, com muita entrega e vibração. Mas nada de bom futebol.

O Tricolor suspirou no Brasileirão ao vencer a Chapecoense de virada por 2 a 1, pela 15ª rodada, uma obrigação na atual briga contra o rebaixamento e no cenário da rodada.

Mas o efeito ainda foi insuficiente. O time segue na 19ª posição, com 10 pontos – cinco atrás do São Paulo. Na próxima rodada, os tricolores se enfrentam em duelo direto, no Morumbi, no sábado.

A importância é justamente para se manter próximo do clube paulista e também de América-MG e Cuiabá, ambos logo acima com 14 pontos. E depois do São Paulo, o Grêmio encara este último em jogo atrasado.

E até agora poucos não fizeram os três pontos contra o Verdão do Oeste. “Não adianta pensar em beleza. Quero sair dessa situação. Se tiver que optar em algum momento por beleza ou ponto, opto por ponto.”, Felipão declarou após a vitória do Grêmio

Entretanto, é preciso recapitular a última noite. E ela começou com um baita susto para o Grêmio, que viu a Chape abrir o placar com um gol de Anselmo Ramon aos quatro minutos, pegando a defesa gaúcha desatenta.

Três minutos depois, Gabriel Chapecó fez um milagre, impedindo o pior. Demorou um tempo para que o Grêmio entrasse no ritmo do jogo. Aos poucos, a equipe foi se soltando.

Foi assim que Alisson marcou o empate gremista, ao receber de Darlan e chutar de fora da área. O foco em virar o jogo era tanto que ele sequer foi até o banco de reservas comemorar, mas sim se dirigiu ao centro do campo para o reinício do duelo em uma vibração-desabafo.

Sob os gritos de incentivo de Kannemann e Brenno, em um dos camarotes da Arena, o Grêmio agredia o gol da Chapecoense, ainda sem grande efetividade. Mas quem tenta, uma hora consegue.

Aos 29, Alisson cruzou para Borja, que foi derrubado por Derlan. Ou seja: pênalti. Jean Pyerre ensaiou pegar a bola, mas se aproximou de Borja e apontou para a marca da cal, como se mandasse o estreante da noite se consagrar.

E o colombiano cumpriu a missão, convertendo a penalidade, no seu primeiro gol pela equipe. Assim, o Grêmio foi para o intervalo: vibrando com a virada e focado em conquistar os três pontos.

Só que na segunda etapa, o time mudou de estratégia, agrediu menos ofensivamente e fechou o meio de campo. Inclusive, as trocas de jogadores foram para armar uma equipe veloz no contra-ataque.

A estratégia ficou por um triz de ter sucesso. Léo Pereira, nos últimos minutos da etapa final, bateu para fora o que esteve perto de ser o terceiro gol. No final, o que mais importou foi o resultado.

Essa será a tendência do Grêmio a curto prazo. Ao menos, matematicamente. Pois o Tricolor só deixa a zona do rebaixamento em no mínimo duas rodadas, isso contando com vitória diante do São Paulo e tropeço de outros adversários.

“Acredito que é uma retomada, mas ainda falta bastante coisa. Sabemos disso”, comentou Felipão. “Demos um passo, muito pequeno para o que precisamos, mas importante. Com elenco assim de gente comprometida, vamos conseguir chegar em um ponto que precisamos e vamos chegar”, apontou o vice de futebol Marcos Herrmann.

Felipão terá mais quatro dias para preparar a equipe e deve receber os retornos de Kannemann e Brenno. O elenco se reapresenta nesta terça-feira no CT Luiz Carvalho.

O jogo contra o São Paulo está marcado para às 21h do próximo sábado, no Morumbi, pela 16ª rodada. O Grêmio ainda enfrentará o Cuiabá, Bahia, Corinthians e Atlético-MG para fechar o primeiro turno do Brasileirão – ainda há o jogo adiado com o Flamengo sem data para ser disputado.

Informações: Globo Esporte