Um amigo te pedindo pagamento de boleto por Whatsapp, um falso funcionário de banco pedindo seus dados bancários por telefone. Quem já não recebeu essas tentativas de golpes? O número de golpes financeiros aumentou muito nesse período da pandemia, e o método dos golpistas tem se sofisticado cada vez mais.
De acordo com relatório do FBI, o número de tentativas de golpe cresceu 300% no mundo, e o Brasil tem grande participação nesta triste estatística, pois 53,9% dos vazamentos de dados de cartões de crédito e débito tem o nosso país como origem.
Ainda de acordo com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o número de golpes para pegar dados bancários, conhecido como phishing, cresceu 80% nesse período e houve ainda o aumento de 60% nas tentativas de golpes contra idosos.
Adriano Volpini, diretor de Prevenção de Fraudes da Febraban, explica que mais de 70% dos golpes usam o que ele chamou de engenharia social, quando os golpistas conseguem obter dados da pessoa utilizando da confiança, e tentam afetar a pessoa em suas emoções tirando-a para fora de sua rotina. Volpini falou como isso se opera no chamado golpe do motoboy.
Outra forma frequente de roubo de dados está na internet, seja através de links enviados por e-mails, SMS ou mensagens de voz. Mas os golpistas tem se sofisticado ainda mais nesse ponto criando contas, perfis ou páginas falsas de sites de compra e eles chegam a pagar para que essas páginas ou perfis fiquem em primeiro lugar nos sites de busca como o Google.
Nesse sentido, Volpini alerta que o consumidor tende a ficar mais desatento em datas comemorativas como a Black Friday.
Por isso, a orientação é para que as pessoas nunca acessem links suspeitos, verifiquem se os perfis de bancos ou lojas tem o selo de verificação das redes sociais e atualizem sempre os aplicativos.
Também é necessário ficar atento a ligações suspeitas, pois os bancos nunca solicitam dados pessoais como senhas. E, o mais importante, é tentar sempre se manter de cabeça fria para não cair nas tentativas de golpes.
EBC