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Conheça um pouco mais sobre a Argentina:

Argentina, oficialmente República Argentina é o segundo maior país da América do Sul em território e o terceiro em termos de população, constituída como uma federação de 23 províncias e uma cidade autônoma, Buenos Aires, capital do país.

É o oitavo maior país do mundo em área territorial e o maior entre as nações de língua espanhola, embora México, Colômbia e Espanha, que possuem menor território, sejam mais populosos.

A área continental da Argentina está entre a cordilheira dos Andes a oeste e o oceano Atlântico, a leste. Faz fronteira com o Paraguai e Bolívia ao norte, com o Brasil e Uruguai a nordeste e com o Chile a oeste e sul.

A Argentina reivindica uma parte da Antártida, sobrepondo as reivindicações do Chile e do Reino Unido no continente antártico, mesmo após todas as reivindicações terem sido suspensas pelo Tratado da Antártida de 1961.

O país reivindica ainda as Ilhas Malvinas e Geórgia do Sul e Sandwich do Sul, que são administradas pelo Reino Unido como territórios britânicos ultramarinos. O mais antigo registro de presença humana na área atualmente conhecida como Argentina é datado do período paleolítico.

A colonização espanhola iniciou-se em 1512. A Argentina emergiu como o Estado sucessor do Vice-Reino do Rio da Prata, uma colônia espanhola fundada em 1776. A declaração e a luta pela independência (1810–1818) foi seguida por uma longa guerra civil, que durou até 1861 e terminou com a reorganização do país em uma federação de províncias, com a cidade de Buenos Aires como capital.

Durante a segunda metade do século XX, a Argentina enfrentou vários golpes militares e períodos de instabilidade política, juntamente com crises econômicas periódicas que contiveram seu pleno desenvolvimento econômico e social.

Uma potência média reconhecida, a Argentina é uma das maiores economias da América do Sul, com uma classificação muito alta no Índice de Desenvolvimento Humano. Na América Latina, a Argentina possui o quinto maior PIB per capita (nominal) e o maior PIB per capita em paridade do poder de compra.

Analistas argumentam que o país tem “uma forte base para o crescimento futuro devido ao tamanho do seu mercado, aos níveis de investimento direto estrangeiro e ao percentual de exportações de alta tecnologia como parte do total de bens manufaturados” e é classificado pelos investidores como uma economia emergente.

A Argentina é um membro fundador da Organização das Nações Unidas, do Mercosul, da União de Nações Sul-Americanas e da Organização Mundial do Comércio e continua sendo um dos G20.

Etimologia

O primeiro gentílico aplicado pelos europeus ao povo habitante da atual Argentina foi o termo castelhano “rioplatense”. O nome foi dado por um equívoco feito por Sebastião Caboto em 1526, quando passou pelo estuário do Rio Uruguai e o chamou de Rio de La Plata (“Rio da Prata”), enganado pelo metal precioso que encontrou nas mãos de alguns indígenas, sem saber que eles o haviam tomado dos marinheiros da expedição portuguesa dirigida por Aleixo Garcia.

Embora o equívoco tenha se esclarecido pouco depois, o nome manteve-se e logo o gentílico “rioplatense” aplicou-se em espanhol para designar os habitantes de ambas as margens do Rio da Prata, o qual os índios chamavam de Paraná-Guazú (termo que, traduzido da língua guarani, significa “mar gigante”).

A prata, em latim, recebe o nome de argentum, nome substantivo ao qual corresponde o adjetivo argentinus. O nome “Argentina” foi usado pela primeira vez pelo poeta Miguel Del Barco Centenera (1535–1605) em seu poema histórico Argentina y la Conquista del Río de la Plata (“Argentina e a Conquista do Rio da Prata”), publicado em 1602, 66 anos depois da fundação do Puerto de Nuestra Señora Santa Maria del Buen Aire (“Porto de Nossa Senhora Santa Maria do Bom Ar”), a atual cidade de Buenos Aires.

O substantivo “Argentina” foi utilizado amplamente a partir do século XVIII para designar toda a região do Rio da Prata, abarcando os atuais territórios do Uruguai, Paraguai e parte do estado brasileiro do Rio Grande do Sul.

Era pré Colombina:

A área conhecida atualmente como a Argentina era relativamente pouco povoada até o período da colonização europeia. Os primeiros vestígios de vida humana são datados do período Paleolítico e há indícios adicionais dos períodos Mesolítico e Neolítico.

No entanto, grandes áreas do interior eram aparentemente despovoadas durante um extenso período de secas entre 4000 e 2000 a.C. Até o período da colonização europeia, a Argentina era relativamente pouco povoada por um grande número de culturas diversas com organizações sociais diferentes, que podem ser divididas em três grupos principais.

O primeiro grupo são caçadores e coletores de alimentos sem desenvolvimento de cerâmica, como os povos selknam e yaghan. O segundo grupo são os caçadores avançados e os coletores de alimento que incluem os puelche, querandí e serranos no centro-leste; e os tehuelche no sul — todos eles conquistados pelos mapuches que se espalham do Chile — e o kom e wichi no norte.

O último grupo são os agricultores com cerâmica, como os charruas, minuanos e guaranis no nordeste, com práticas de queimadas e existência semissedentária; a avançada cultura diaguita comercializava no noroeste, que foi conquistado pelo Império Inca em torno de 1480; os toconotés e comechingones vivam no centro do país e os huarpes, uma cultura que criava lhamas e foi fortemente influenciada pelos incas, no centro-oeste.

Período colonial:

Os europeus chegaram pela primeira vez à região com a viagem de 1502 de Américo Vespúcio. Os navegadores espanhóis Juan Díaz de Solís e Sebastian Cabot visitaram o território que hoje é a Argentina em 1516 e 1526, respectivamente.

Em 1536 Pedro de Mendoza fundou o pequeno povoado de Buenos Aires, que foi abandonado em 1541. Outros esforços de colonização vieram do Paraguai — estabelecendo o Governo do Rio da Prata — Peru e Chile.

Francisco de Aguirre fundou Santiago del Estero em 1553. Londres foi fundada em 1558; Mendoza, em 1561; San Juan, em 1562; San Miguel de Tucumán, em 1565. Juan de Garay fundou Santa Fé em 1573 e no mesmo ano Jerónimo Luis de Cabrera criou Córdoba.

Garay foi mais para o sul para refundar Buenos Aires em 1580. San Luis foi estabelecida em 1596. No séculos XVI e XVII, a economia argentina foi baseada na exploração de prata, com o uso da mão-de-obra dos indígenas.

Ocorre a miscigenação entre colonos espanhóis e os ameríndios. No século XVII, jesuítas espanhóis criam missões na Bacia do Prata, com o objetivo de catequizar os indígenas e proteger os nativos de caçadores de escravos.

Além disso, nesse período intensifica-se o contrabando e a pirataria, sobretudo na região do Rio da Prata. As primeiras cabeças de gado chegaram à Argentina logo no início da colonização, em 1556, e ao longo do tempo foram se multiplicando, graças aos amplos pastos da região dos Pampas.

No século XVIII, a pecuária já era uma das bases da economia argentina. Em 1776, foi criado o Vice-Reino do Rio da Prata, desmembrado do Vice-Reino do Peru. Buenos Aires é escolhida capital do novo vice-reino e começa a concentrar poder, desestabilizando a política local.

Buenos Aires repeliu duas invasões britânicas malfadadas em 1806 e 1807. As ideias do Iluminismo e o exemplo das primeiras Revoluções Atlânticas geraram críticas à monarquia absolutista que governava o país.

Como no resto da América espanhola, a queda de Fernando VII durante a Guerra Peninsular criou grande preocupação.

Independência e guerras civis:

Ao iniciar o processo de emersão da Argentina como o Estado sucessor ao Vice-Reino do Rio da Prata, a Revolução de Maio de 1810 substituiu o vice-rei Baltasar Hidalgo de Cisneros pela Primeira Junta, um novo governo em Buenos Aires composto por habitantes locais.

Nos primeiros confrontos da Guerra da Independência, a Junta esmagou uma contrarrevolução em Córdoba, mas não conseguiu superar as da Banda Oriental, do Alto Peru e do Paraguai, que mais tarde se tornaram Estados independentes.

Os revolucionários se dividiram em dois grupos antagonistas: os centralistas e os federalistas — uma medida que definiria as primeiras décadas de independência da Argentina. A Assembleia do ano XIII nomeou Gervasio Antonio de Posadas como primeiro Diretor Supremo das Províncias Unidas do Rio da Prata.

Em 1816 o Congresso de Tucumán formalizou a Declaração de Independência. Um ano depois, o general Martín Miguel de Güemes parou os defensores da coroa espanhola no norte e o general José de San Martín tomou um exército através dos Andes e garantiu a independência do Chile; então conduziu a luta à fortaleza espanhola de Lima e proclamou a independência do Peru.

Em 1819, Buenos Aires decretou uma constituição centralista que fosse substituída pela federalista. A Batalha de Cepeda de 1820, travada entre os centralistas e os federalistas, resultou no fim do governo do Diretor Supremo.

Em 1826, Buenos Aires promulgou outra constituição centralista, com Bernardino Rivadavia sendo nomeado como o primeiro presidente do país. Entretanto, as províncias do interior se opuseram a ele, forçaram sua renúncia e rejeitaram a constituição.

Centralistas e Federalistas retomaram a guerra civil; este último grupo prevaleceu e formou a Confederação Argentina em 1831, liderada por Juan Manuel de Rosas. Durante seu regime ele enfrentou um bloqueio naval francês (1838–1840), a Guerra da Confederação (1836–1839) e um bloqueio anglo-francês (1845–1850), mas manteve-se invicto e impediu a perda de território nacional.

Suas políticas de restrição ao comércio, porém, irritaram as províncias do interior e, em 1852, Justo José de Urquiza, outro caudilho poderoso, o tirou do poder. Como novo presidente da Confederação, Urquiza promulgou a Constituição liberal e federal de 1853.

Buenos Aires se separou, mas foi forçada a voltar para a Confederação depois de ser derrotada na Batalha de Cepeda de 1859.