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Em debate dos candidatos à Presidência, Bolsonaro diz que governo Lula foi o “mais corrupto da história” e petista acusa o presidente de “destruir” o País

O primeiro debate entre candidatos à Presidência da República, neste domingo (28), reuniu os seis primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto: Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (PMDB), Felipe d’Avila (Novo) e Soraya Thronicke (União Brasil).

No debate, Bolsonaro disse para Lula que o governo do petista foi o mais corrupto da história. Lula rebateu e acusou Bolsonaro de estar destruindo o País. O evento foi promovido pela Band, TV Cultura, portal de notícias UOL e jornal Folha de S. Paulo com apoio de Google e YouTube.

O candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, disse, durante o debate, que o governo de Lula foi o “mais corrupto da história do Brasil”. A frase foi dita no primeiro bloco do debate, em que os candidatos perguntam uns aos outros.

“Segundo o [ex-ministro Antônio] Palocci, tudo no seu governo foi aparelhado, exceto o Banco Central. Então, se todo mundo fazia mal feito: roubava, desviava, só o ex-presidente não sabia?”, questionou Bolsonaro.

“O seu governo foi marcado pela cleptocracia, ou seja, um governo à base de roubo, e essa roubalheira era pra conseguir apoio dentro do Parlamento. O seu governo foi o governo mais corrupto da história do Brasil”, acrescentou.

Lula, em resposta, afirmou que o governo dele foi marcado pela “maior política de inclusão social” e citou investimentos em educação e programas sociais. “O presidente deveria estar informado que foi no nosso o governo que a Petrobras ganhou o tamanho que ganhou, com a capitalização de R$ 70 bilhões para crescer. O presidente precisava saber que o meu governo foi marcado pela maior política de inclusão social, pela maior geração de emprego, pelo maior aumento de salário mínimo, pelo maior investimento na agricultura familiar, pelo maior investimento na Lei Geral da Pequena Empresa”, disse o ex-presidente.

“O nosso governo foi o que mais fez investimentos na educação, foram 18 universidades federais novas, 178 campus e 422 escolas técnicas que fez uma revolução neste país. O meu governo deveria ser conhecido exatamente por isso, porque, quando eu cheguei na Presidência, a gente tinha 3,5 milhões de estudantes na universidade e, quando eu saí, tinha 8,5 milhões de pessoas na universidade. É exatamente isso a marca do meu governo”, acrescentou Lula.

“Esse é o país que o atual presidente está destruindo. O país que eu deixei é o país que o povo tem saudade, é o país em que o povo tinha o direito de viver dignamente de cabeça erguida”, completou o petista.

Houve ainda momentos do debate em que Bolsonaro foi alvo de críticas também de Ciro, Tebet e Soraya, além de Lula. Mas o presidente focou em dar respostas a Lula. O presidente, em alguns momentos, subiu o tom de voz e adotou postura agressiva.

Inicialmente, o sorteio havia definido que Lula e Bolsonaro ficariam lado a lado no estúdio. Mas, no início da noite deste domingo, a organização do evento mudou a posição dos dois. Lula e Bolsonaro são os mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto, respectivamente.

No segundo bloco do debate, o presidente Bolsonaro foi questionado sobre a manutenção do auxílio de R$ 600 para famílias na linha da pobreza. O candidato à reeleição afirmou que os recursos só são possíveis “não roubando o povo brasileiro”.

“Tenho conversado com a equipe econômica dentro da responsabilidade fiscal. Quando passamos para R$ 400, ninguém acreditava, e nós renegociamos os precatórios, contra o voto do PT, porque, quanto pior tiver o povo, melhor é para eles fazerem política em cima disso. Como eu consegui recursos? Não roubando, não metendo a mão no bolso do brasileiro”, disse.

O ex-presidente Lula, selecionado para comentar a resposta, disse que a manutenção não está na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023 e afirmou que Bolsonaro “adora citar números absurdos”.

“É importante lembrar que a manutenção do auxílio de R$ 600 não está na LDO mandada ao Congresso. Ou seja, há uma mentira no ar”, declarou o candidato petista. “O candidato [Bolsonaro] adora citar números absurdos que nem ele acredita”, acrescentou.

Pelas regras, definidas com as campanhas dos presidenciáveis, o debate foi dividido em três blocos.

1º bloco: Candidatos responderam perguntas, feitas pela organização do debate, sobre temas de seus planos de governo. Em seguida, candidatos escolheram um adversário para fazer uma pergunta. Aquele que faz o questionamento terá direito a réplica. Cada um fez uma pergunta e pôde ser escolhido uma vez.

2º bloco: O bloco teve perguntas de seis jornalistas das empresas que organizam o debate. Cada jornalista escolheu um candidato para responder e outro para comentar a resposta.

3º bloco: O bloco abriu com mais uma rodada de perguntas e respostas entre os candidatos, com réplica para aquele que fez o questionamento. Em seguida, eles responderam novas perguntas sobre planos de governo. O debate terminou com as considerações finais de cada candidato.

Informações: Jornal O Sul