Desfile de 7 de setembro em Brasília tem menos presentes do que o esperado
A expectativa era para que 30 mil pessoas assistissem o desfile cívico-militar em Brasília, mas isso não aconteceu. Apesar das arquibancadas terem sido tomadas em pouco tempo e desde cedo, os cuidados tomados pela segurança presidencial foram reforçados.
O fechamento de muitas vias de acesso em sistema ainda mais tenso do que na posse presidencial, inibiu muitas pessoas em ir para a esplanada dos ministérios. O ministro-chefe do GSI, general Marco Antônio Amaro, justificou:
“Eu digo que houve uma tensão maior, fruto das ocorrências recentes no início desse ano. A segurança é sempre um cuidado que a gente tem que ter. Não havia nenhuma sinalização que constituísse uma ameaça, que levasse a alguma preocupação maior. Tudo dentro da normalidade”.
Mas para Paulo Pimenta, ministro-chefe da SECOM, o efeito do desfile é a devolução da soberania democrática ao país, após os atos de vandalismo e depredação das sedes dos poderes no dia 8 de janeiro.
“Um dia da gente devolver para o povo brasileiro, o 7 de setembro, como uma data de toda a nação, reafirmar a data da nossa independência, da nossa soberania, da democracia, de união e de reconstrução”.
Foram retirados do desfile, por decisão do governo, a Polícia Militar do Distrito Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a própria Polícia Federal, sempre uma atração à parte. Estas três instituições sempre tiveram familiares para assistir o desfile na Esplanada.
A CPI dos atos do dia 8 e o envolvimento de algumas delas, seja na investigação, ou seja, na participação direta denunciada na CPI, reduziu as atrações deste ano.