Vai comprar na Black Friday nesta sexta-feira (27)? Então fique atento. Além dos cuidados com golpes de cartões de crédito e dados pessoais, os consumidores devem também ter cuidado falsas promoções oferecidas.
Uma pesquisa realizada pela Conversion, empresa especializada em SEO para negócios digitais, levantou a informação de que cerca de 75% dos brasileiros vão optar pelas compras online durante a Black Friday deste ano.
Black Friday: como não cair em golpes e evitar endividamento?
Uma fraude muito praticada nesse período de descontos é a maquiagem de preço, quando lojistas, principalmente do e-commerce, oferecem a já conhecida “metade pelo dobro” do valor indicado na compra. Essa prática consiste em aumentar o preço do produto 15 ou 30 dias antes da sexta-feira de promoções e, com a chegada da Black Friday, o valor é reduzido para o seu custo inicial, não implicando, no final, em nenhuma oferta para o consumidor.
Para evitar esse tipo de infração, a sugestão de especialistas é começar a monitorar os preços antes de sexta-feira (27). “O primeiro passo é o consumidor fazer o acompanhamento dos preços dos produtos que ele deseja consumir. O ideal é que esse acompanhamento seja feito durante algumas semanas que antecedem a data”, afirma Juliana Moya, advogada e relações institucionais da Proteste, Associação Brasileira de Defesa do Consumidor.
Caso o comprador não consiga fazer esse monitoramento prévio, a Proteste disponibiliza em seu site o download de um plugin que é instalado no navegador, e que faz o levantamento destes preços anteriores à Black Friday de maneira automática, apresentando ao consumidor as lojas que realmente baixaram os valores dos produtos.
Durantes os próximos dias, os clientes devem também atentar-se ao frete, uma vez que os sites podem diminuir bastante o preço do produto e compensá-lo com um alto valor na entrega dele. “Se o preço do frete for desproporcional, se é acima do normal, é evidente que eles colocaram um preço no produto só para chamar a atenção, e compensaram com um frete artificial”, ressalta o Diretor Executivo do Procon-SP Fernando Capez. Ele destaca que isso se trata de prática enganosa, e a empresa pode ser multada caso realize esse tipo de ação.
Fique de olho no preço
Capez também reforça a importância de os compradores tomarem cuidado com os produtos que possuem um certo preço até o momento da finalização da compra mas que, no instante do pagamento, sobem para um valor diferente do indicado anteriormente. “Isso é gravíssimo. Iniciada a negociação, o preço deve ser mantido exatamente como se encontra até o final, sem qualquer alteração”, afirma o diretor do Procon-SP.
Em relação às reclamações, e quem os consumidores devem procurar caso identifiquem as fraudes destacadas anteriormente, Juliana Moya orienta que as pessoas entrem no canal “Reclame” no site da Proteste, onde poderão postar a reclamação e serem acompanhadas pelo órgão durante a resolução. “Caso o consumidor não obtenha resposta do lojista, ele pode contar com uma equipe de especialistas para fazer uma notificação à loja e buscar uma resolução. Mas esse segundo passo é um serviço disponível somente para associados.”
Além disso, ela destaca a importância dos clientes procurarem pelo Procon dos respectivos estados, mesmo conselho dado por Fernando Capez. “Preventivamente, para se informar, ele pode acessar o site do Procon. Para fazer uma reivindicação, ele pode fazer a reclamação eletrônica também no site do Procon, recebendo um SMS com o número do respectivo protocolo aberto”, destaca o diretor executivo.
R7