Caso o Governo do Estado encaminhe a elevação da alíquota de ICMS de 17 para 19,50%, e se o projeto for aprovado pelos deputados estaduais, o poder de compra dos consumidores gaúchos será afetado, com impactos na redução do consumo e, consequentemente, na diminuição da produção industrial. A previsão faz parte das análises e avaliações que a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) está elaborando a partir da divulgação da proposta do aumento do imposto e por determinação do presidente da entidade, Gilberto Porcello Petry, que se encontra chefiando missão empresarial na Alemanha prospectando mercados para os produtos gaúchos.
O presidente em exercício da Fiergs, Arildo Bennech Oliveira, após conversa com Petry, afirmou que a competitividade da indústria vai sofrer caso a elevação se concretize, assim como teremos reflexo sobre a inflação estadual: “Atualmente, estamos com muitas dificuldades no setor industrial gaúcho, cuja produção caiu 5,1% este ano, até setembro, e 7.500 empregos foram fechados nos últimos 12 meses. O Rio Grande do Sul foi o segundo pior Estado na produção industrial em nove meses de 2023. O primeiro foi o Ceará”.
Além disso, o presidente em exercício da Fiergs salienta que o “Custo RS“, ou seja, o custo adicional de produção aqui no Rio Grande do Sul em relação a outros Estados, vai crescer atingindo negativamente a economia como um todo: “Já temos questões logísticas onerosas a superar, junto com o Piso Regional aprovado esta semana, e agora um aumento da carga tributária, realmente estaremos agravando a desvantagem que temos para a retenção e atração de empresas”.
O presidente em exercício da Fiergs também anunciou que a entidade está convocando os Sindicatos Industriais para uma reunião nesta terça-feira, dia 21, quando o assunto será debatido.
Fonte: O Sul