Testes realizados na cocaína contaminada que matou 24 pessoas na Argentina indicaram que o entorpecente continha a presença de carfentanil, um opioide utilizado para anestesiar elefantes e rinocerontes. As informações foram divulgadas pelo jornal argentino Clarín e teriam sido confirmadas por duas análises paralelas realizadas por especialistas.
A publicação informou que a presença do carfentanil, substância mais poderosa do que o fentanil (até então considerado o item que teria criado a combinação letal), foi confirmada tanto pelo laboratório da Procuradoria-Geral de Munro, com a ajuda de especialistas da Universidade de Buenos Aires e de Morón, quanto pelo laboratório da Polícia Científica de Buenos Aires.
“O resultado de dois estudos independentes chega à conclusão de que a substância utilizada para aumentar o cloridrato de cocaína, encontrada em várias amostras apreendidas no contexto dessas ações, é o carfentanil, um opioide extremamente forte cujos efeitos são 10 mil vezes mais fortes, ou mais forte que a heroína ou o fentanil” ressalta o Clarín.
Entre os dias 2 e 4 de fevereiro, 24 pessoas morreram e mais de 200 precisaram de atendimento hospitalar após o consumo da cocaína. Entre as vítimas, 12 morreram em suas casas, duas em vias públicas e as demais em hospitais. Por conta do ocorrido, ao menos 10 pessoas foram presas em uma casa onde a polícia disse que funcionava um ponto de venda de drogas no assentamento conhecido como Puerta 8, nos arredores de Buenos Aires. Para os investigadores, a cocaína foi adulterada e distribuída no local.
Informações; Pleno News